Ninho Hospital Veterinário

Obesidade canina e felina

26/01/2021

Obesidade canina e felina

Nos últimos anos, a prevalência de pacientes obesos tem aumentado significativamente, sendo considerada uma das doenças nutricionais mais comuns entre eles, causada muitas vezes pela proximidade e influência do homem. Os hábitos alimentares mudaram, os petiscos e guloseimas são ofertados com frequência, inclusive em algumas situações com o animal recebendo a mesma dieta do seu tutor. No entanto, não são somente as condições cultural e social do tutor que exercem essa influência. Ela apresenta-se na conjunção de diversos fatores, como os genéticos, metabólicos e endócrinos.

A obesidade em si é definida como o excesso de gordura corporal, que atua prejudicando as funções fisiológicas, reduzindo a qualidade de vida e longevidade do animal. Dentro desse quadro diagnóstico podem ocorrer efeitos adversos, tais quais, predisposição a problemas osteoarticulares e cardiovasculares, diabetes melito, lipidose hepática, predisposição para doença do trato urinário inferior nos felinos, pancreatite, alterações reprodutivas, incontinência urinária nas fêmeas, problemas dermatológicos, entre outros.

As técnicas mais úteis para o diagnóstico do sobrepeso se dão através da mensuração do peso corporal, medidas morfométricas e escore de condições corporais. Após diagnosticado que o paciente se encontra com excesso de peso, faz-se necessário reunir informações de vários aspectos, como os alimentos que o paciente consome, os horários da sua alimentação e quem o alimenta, para assim instituir uma dieta adequada para perda de peso.

Durante o tratamento, a taxa de perda de peso dos animais é de 1% a 2% por semana, exigindo muita paciência e persistência do tutor. Caso o cão ou gato perca mais que essa porcentagem de peso corporal semanalmente, pode incentivá-lo a mendigar por mais alimento, mexer no lixo e ainda perder massa corporal magra.

A prevenção deve sempre estar em primeiro lugar, pois o tratamento é desafiador tanto para tutor como para o paciente. Nesse contexto, torna-se indispensável buscar a devida orientação e tratar com importância esse assunto desde a primeira ida ao veterinário. Deve-se ter conhecimento sobre alimentação, quantidade e frequência do alimento ofertado, do mesmo modo quando o paciente for submetido a castração, pois é outro fator importante para a predisposição de obesidade. Dessa forma o auxílio do tutor no enriquecimento ambiental e a devida adequação alimentar é indispensável para cada fase da vida do animal.

Carla de Oliveira - CRMV 15631 - Médica Veterinária


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