20/04/2021
As convulsões são o problema neurológico mais comum em cães e gatos, sendo a epilepsia idiopática a causa mais comum de convulsões em cães - com estudos indicando que até 5% da população de cães seja afetada. Algumas raças, no entanto, podem ter incidência muito maior de epilepsia.
O diagnóstico preciso é a primeira etapa do manejo das crises convulsivas. Dessa forma, em muitos casos os vídeos feitos pelos tutores ajudam o médico veterinário a visualizar o momento da crise.
Identificar a causa para estabelecer um tratamento é a segunda etapa. Nem sempre é possível alcançar a cura, como no caso da epilepsia idiopática, e muitas vezes o manejo envolve a administração diária de medicamentos. O fenobarbital e o brometo de potássio são os medicamentos padrão para o controle de crises convulsivas. Porém, alguns pacientes (entre 25 e 30%) podem não responder como o desejado.
O objetivo da terapia anticonvulsivante é acabar com as crises ou chegar o mais próximo possível disso. No entanto, é muito importante informar ao tutor que uma pequena porcentagem de epilépticos se torna livre de convulsões com a terapia medicamentosa. Muitas vezes, o sucesso do tratamento se restringe a diminuir a quantidade e a intensidade das crises. É de suma importância que haja um acompanhamento desses pacientes para se estabelecer um tratamento e garantir uma maior qualidade de vida e harmonia, tanto para os animais quanto para seus tutores.
Lucas Krusch Bello
CRMV 14299